O que se sabe até agora
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O rapper Hungria foi internado nesta quinta-feira (2 de outubro de 2025) em Brasília com suspeita de intoxicação por metanol após ingerir uma bebida supostamente adulterada. Poder360+2Rolling Stone Brasil+2
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O artista está sob cuidados médicos no Hospital DF Star, acompanhado pelo médico Leandro Machado. Poder360+1
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Segundo a equipe, ele já está fora de risco iminente. Poder360+1
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Os shows previstos para o fim de semana foram remarcados por orientação médica. Poder360+1
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A assessoria afirmou que Hungria apresentou sintomas como cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, visão turva (alterações visuais) e acidose metabólica — quadro que é compatível com intoxicação por metanol. Terra+2Metrópoles+2
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A suspeita é que ele tenha sido vítima de bebida adulterada, em casos semelhantes recentes que vêm acontecendo no país. Rolling Stone Brasil+2Poder360+2
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Alguns veículos mencionaram que ele teria sido transferido para a UTI em hospital particular. Instagram
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A imprensa destaca que esta internação se insere no contexto de uma onda de intoxicações por bebidas adulteradas, com vários casos recentes no Brasil. Metrópoles+3Poder360+3Rolling Stone Brasil+3
Em suma: ainda há incertezas (por exemplo, em que local ele consumiu a bebida adulterada), mas as evidências apontam para um quadro grave, que felizmente, até o momento, não é considerado de risco de vida.
🔬 O que é o metanol — e por que é tão perigoso
Para entender por que um caso desses causa tanta preocupação, é importante saber como age o metanol no organismo.
Metanol vs. Etanol
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Metanol (também chamado de álcool metílico, álcool de madeira) é uma substância tóxica, incolor, volátil e de odor similar ao álcool comum. Poder360+2Terra+2
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Etanol (ou álcool etílico) é o componente “seguro” usado nas bebidas alcoólicas.
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Em bebidas adulteradas, criminosos podem usar metanol para “aumentar o volume” e obter maior lucro, mas isso gera risco extremo. Poder360+2Terra+2
Toxicidade e formação de metabólitos
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Quando ingerido, o metanol não é diretamente o vilão: ele é metabolizado pelo fígado em formaldeído e, em seguida, em ácido fórmico. É justamente esse ácido fórmico que causa a maior parte dos danos ao corpo. Poder360+2Metrópoles+2
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O ácido fórmico promove acidose metabólica, uma situação em que o pH do sangue cai (mais ácido) e o organismo sofre. Poder360+2Metrópoles+2
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Ele também ataca diretamente o nervo óptico, podendo causar lesão ou morte de células nervosas visuais, resultando em perda de visão — inclusive cegueira permanente. Metrópoles+2Terra+2
Dose tóxica
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Estima-se que 4 a 10 mililitros de metanol puro já podem causar danos irreversíveis, como cegueira. Poder360
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Cerca de 30 mL de metanol puro podem ser letais, segundo o Conselho Federal de Química. Poder360
Sintomas da intoxicação por metanol
Os sintomas costumam surgir em fases — e muitos demoram a aparecer:
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Fase inicial (até ~6 horas após ingestão): náuseas, vômitos, dor abdominal, tonturas, dor de cabeça, sonolência, confusão mental, descoordenação motora, aumento da frequência cardíaca, pressão arterial baixa. Metrópoles+1
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Após 6 a 24 horas (ou mais): visão turva, pupilas dilatadas, percepção de cores alteradas, fotofobia, perda da visão, convulsões, coma, acidose metabólica grave. Metrópoles+1
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Em casos extremos: choque, insuficiência renal, edema cerebral, morte. Metrópoles+1
Ou seja, há um “período de latência” — a pessoa pode se sentir relativamente bem, mas depois piorar significativamente. Isso torna o diagnóstico e a intervenção médica precoces cruciais.
Tratamento
Para combater a intoxicação por metanol, são adotadas algumas medidas emergenciais:
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Antídotos:
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Fomepizol — poderoso inibidor da enzima que metaboliza metanol em formaldeído. Poder360+2Terra+2
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Etanol (álcool etílico) — em dose controlada, compete metabolismicamente com o metanol, reduzindo a produção dos metabólitos tóxicos. Metrópoles+1
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Hemodiálise: para remover o metanol, formaldeído e ácido fórmico do organismo. Metrópoles+2Terra+2
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Lavagem gástrica: em casos recentes de ingestão, para retirar parte do conteúdo do estômago antes da absorção. Poder360+1
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Suporte intensivo: monitorização, correção de distúrbios ácido-base, tratamento de complicações diversas.
Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menor a chance de sequelas graves ou óbito.
⚠️ O contexto: onda de intoxicações por bebida adulterada no Brasil (2025)
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De agosto a setembro de 2025, foram reportados 43 casos suspeitos de intoxicação por metanol; 39 desses na São Paulo, com 10 casos confirmados e 29 em investigação. Poder360
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Outros estados, como Pernambuco, também registraram casos suspeitos. Poder360
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Antes desse surto, a média anual de casos era bem menor — cerca de 20 casos ao ano, segundo o Ministério da Saúde. Poder360
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Esse cenário chamou atenção porque casos como esse já geraram mortes e sequelas permanentes em várias regiões do país. Terra+1
Hungria, portanto, é mais uma vítima desse contexto grave, e seu caso reforça a urgência do alerta à população.
✍️ Matéria sugerida (modelo de redação)
Título: Cantor Hungria é internado com suspeita de intoxicação por metanol após consumir bebida adulterada
Subtítulo: O artista está estável e fora de risco iminente; especialistas alertam para riscos graves da substânciaCorpo da matéria:
Brasília (DF) — O rapper Hungria foi hospitalizado nesta quinta-feira (2) no Hospital DF Star, em Brasília, com suspeita de intoxicação por metanol, após consumir bebida possivelmente adulterada. Ele está sendo acompanhado pela equipe médica do Dr. Leandro Machado e, segundo comunicado oficial, já está fora de risco iminente.A suspeita liga-se ao recente surto de intoxicações por bebidas adulteradas que se espalha pelo país — especialmente em São Paulo, que concentra a maioria dos casos investigados.
De acordo com a assessoria de imprensa, o cantor apresentou sintomas compatíveis com envenenamento por metanol: dores de cabeça intensas, náuseas, vômitos, alterações visuais e acidose metabólica. Os shows planejados para o fim de semana foram remarcados por recomendação médica.
O metanol é uma substância química altamente tóxica que, quando ingerida, é metabolizada no organismo em formaldeído e ácido fórmico — compostos responsáveis por provocar danos ao sistema nervoso central, acidose, insuficiência renal e lesão ao nervo óptico, podendo levar à cegueira ou morte.
Pequenas doses, a partir de 4 a 10 mililitros, já podem causar danos irreversíveis, e cerca de 30 mL podem ser fatais. Os sintomas se manifestam em estágios: inicialmente com náuseas, tonturas e dores; depois, com complicações visuais, convulsões, coma e colapso orgânico.
O tratamento deve ser urgente e envolve o uso de antídotos como fomepizol (ou etanol em dose controlada), hemodiálise para eliminar os metabólitos tóxicos, lavagem gástrica e suporte intensivo.
No Brasil, as autoridades investigam diversas ocorrências recentes de intoxicações por metanol, com dezenas de casos suspeitos e já confirmados. A população é alertada a desconfiar de bebidas muito baratas, de procedência duvidosa, sem selo ou registro, e a buscar atendimento imediato diante de sintomas compatíveis.
O artista segue internado em observação, sob prognóstico estável, enquanto exames complementares são realizados para confirmar a presença de metanol em seu organismo. A equipe médica mantém cautela em relação ao tempo de internação e eventuais sequelas.

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