Plantas medicinais e produtos tradicionais, como chás, infusões, garrafadas e extratos caseiros, podem ser utilizados sem a necessidade de prescrição médica, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, especialistas alertam que o uso deve seguir orientações específicas para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
Consulta com profissional é fundamental
Apesar da autorização para o uso livre de algumas preparações, é muito importante se consultar com um profissional habilitado em fitoterapia. Plantas medicinais são consideradas drogas vegetais e podem interagir com outros medicamentos, podendo causar efeitos adversos graves. Antes de utilizar qualquer planta medicinal, recomenda-se buscar orientação de um fitoterapeuta certificado ou outro profissional da saúde qualificado.
Normas e regulamentação
De acordo com a Resolução RDC nº 26/2014 da Anvisa, plantas medicinais in natura e drogas vegetais preparadas na forma de infusão, decocção ou maceração em água não precisam de registro como medicamentos. Esses produtos, classificados como tradicionais fitoterápicos, podem ser comercializados e indicados livremente, desde que sejam respeitadas normas de qualidade e boas práticas de fabricação.
A regulamentação também prevê que profissionais certificados, como nutricionistas e outros profissionais de saúde, estão autorizados a orientar o uso dessas plantas. Para nutricionistas, a prescrição de plantas medicinais em formas simples é permitida sem necessidade de especialização específica em fitoterapia. Entretanto, para a prescrição de medicamentos fitoterápicos industrializados, a legislação exige formação especializada.
Riscos e benefícios do uso de plantas medicinais
Especialistas alertam que, embora sejam produtos naturais, as plantas medicinais possuem princípios ativos que podem provocar reações adversas ou interações medicamentosas. “É importante destacar que, apesar de serem naturais, as plantas possuem compostos bioativos que devem ser usados com responsabilidade”, explica a Anvisa em cartilha educativa recente.
O acesso facilitado a esses recursos terapêuticos tradicionais representa um resgate importante da medicina popular. Contudo, exige atenção rigorosa para evitar riscos à saúde.
Produtos que podem ser indicados sem prescrição médica:
Chás medicinais
Decocções e infusões
Tinturas e extratos caseiros
Xaropes artesanais
Garrafadas tradicionais

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